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sábado, 25 de maio de 2013

Lenda Pomba Gira da Praia


LENDA DA POMBA GIRA DA PRAIA

Pomba Gira Menina da Praia

Carrana (pomba gira menina da praia), em uma ilha do oceano pacifico, viveu Carranna, em uma aldeia de pescadores.Onde esses pescadores adoravam o grande rei maligno do mar, DAGON, por teme-lo a grande furia do mar, e o mar nao dar mais peixes e alimentos a seu povo.

O povo com medo da furia de DAGON o rei maligno do mar, faziam a cada sete anos um sacrificio para acalma-lo, levando uma menina virgem ate a beira da praia, amarrando-a em duas pedras, entregando-a a DAGON,e quando subisse a mare para leva-la.

Carranna que era uma menina que tinha os conhecimentos dos ONDINOS, que havia sido passado de sua avó para ela , sabia os rituais .Carranna revolta com tudo isso, os sacrificios oferecidos a DAGON. Entao em uma noite de lua cheia foi a beira da praia com os sagrados pergaminhos dos ONDINOS, escondida de seu pai e de sua avo.Ela foi na beira da praia invocar DAGON, pois ela era a unica menina que nunca tinha sido oferecida a DAGON, pois ela estava sendo preparada para ser a grande SACERDOTIZA de seu povo.

Carranna fazendo o ritual, invocou o temivel DAGON, nesse momento o mar se abriu e saiu DAGON em forma de um anjo,e ele perguntou para Carranna, o que vos quer de mim, o menina tao pequenina .

Carranna respondeu ao terrivel DAGON, porque vos leva a cada sete anos uma menina de minha aldeia, entao DAGON respondeu, porque busco uma rainha. Entao Carranna perguntou a DAGON , o que e preciso para libertar meu povo dessa maldicao, entao DAGON respondeu.. Somente a verdadeira sacerdotiza teria o poder de acalmar as ondas do amanhecer, e de acalmar a grande furia que ha dentro de mim.

Carranna entao falou, a DAGON, estou aqui para vos libertar meu povo desses sacrificios, me ofereco a ir junto com vos, e ser sua noiva etrenamente,e quando a primeira onda do amanhecer bater na areia da praia seremos um so.

DAGON, vendo Carranna sem medo de enfrenta-lo, lhe propos, eu liberto seu povo, mas voce ficara pressa entre a beira da praia e o mar. Pois voce foi a unica de todas as meninas que teve a coragem e a audacia de vir falar comigo, para salvar todo seu povo dos sacrificios , pois entao libertarei seu povo,mas voce ficara eternamente pressa entre a praia e o mar, e seu povo aprtir de hoje fara oferendas de frutas e perfumes e essencias a todos os seres do mar.

Desde entao Carranna ficou sendo a protetora dos pescadores e das meninas que vagam na beira da praia, por isso quando voce for a uma praia ou na beira do mar , pois voce sempre vera meninas brincando ou passendo na beira da praia, voce sempre ira ver o espirito de Carranna que ali esta, por isso que todas as oferendas que sao entregues no mar retorn am a beira da praia para a sempre CARRANNA.

QUALIDADES DE XANGÔ


QUALIDADES DE XANGÔ

Alufan: É idêntico a um Airá. Confundido com Oxalufan. Veste branco e suas ferramentas são prateadas.

Alafim: É o dono do palácio real, governante de Oyó. Ligado a Oxaguian.

Afonjá: É o dono do talismã mágico dado por Oyá a mando de Obatalá;Come com Yemanjá sua mãe. Patrono de um dos terreiros mais tradicionais e antigos da Bahia, o Axé Opô Afonjá, é o Xangô da casa real de Oyó.

Aganju: Veste marrom, Xangô guerreiro, feiticeiro, estreita ligação com Yemanjá e os Ogbonis

Agodo: Aquele que usa dois Oxês.Veste marrom, ligado a Yemanjá.

Barú: Veste-se de marrom/preto. Ligação com Yemanjá em Tapá e Exú, o único que não pode comer amalá

Obain: veste-se marron e ligado a Oyá

Oranfé: É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de ifé.

Obalubé: è o grande rei, ligado a Oba, Oxun e Oyá.

Os Airás são mais velhos, fazem parte da família real da dinastia Ifé/Oyó, suas contas são brancas rajadas de vermelho ou marron.

Airá Intilè: Veste branco/azul claro, aquele que carrega Lufan nas costas

Airá Igbonam: É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.

Airá Modé: É o eterno companheiro de Oxaguiã, só veste branco e não come dendê (só um pingo) sua conta leva seguí.

Airá Adjaosí: Velho guerreiro, veste branco, ligado a Yemanjá.

Poderemos encontrar vários nomes/títulos ainda para o mesmo Xangô: Olorokè; Jakutá; Dadá; Ajaká; Oronian; Orugã; Baáyanì seria seu irmão e um quinto Airá chamado Detá;

Axabó, Orixá feminino da família de Xangô,- Cultuados nas grandes casas matrizes baianas, Orixá pouco conhecido. Eternizada numa bela escultura de Caribé.

QUALIDADES DE OGUM


QUALIDADES DE OGUM

Ògún Meje – ou Mejeje, aquele que toma conta das sete entradas da cidade de Irê, ligado a Exú, o guardião das casas de Ketu.

Ògún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido – Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães (só na África) como oferenda, tem ligação com Oxaguiã e Ìyemonjá .

Ògún Àmènè ou Ominí – tem ligação com Oxun, cultuado em Ijexá, sua conta é verde clara.

Ògún Alágbèdé (Alagbede) – É o Ògún dos ferreiros, o ferramenteiro, da ancestralidade, tem ligação com Yemanjá.

Ògún Akoró – É o Ogun que usa o mariwò como coroa, sua roupa é o mariwò, toma conta da casa de Oxalá, muito ligado a Oxóssi e não come mel.

Ògún Oniré – É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, o Senhor de Irê.

Ogun Wàrí: é o ferreiro dos metais dourados, ligado a Oxun, ligado ao ar, por isso o mais requintado dentre todos os Oguns.

Há vários nomes de Ògún fazendo alusão a cidades onde houve o seu culto, como Ògún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto, etc. O orixá possui vários nomes na África como no Brasil e com isso ganha as suas particularidades e costumes. Teremos títulos em Damassá, Lonan, Oluponã, Igbô-Igbô, Erotò, etc.

QUALIDADES DE BARA


QUALIDADES DE BARÁ

Bará Lodê: Primeiro Orixá a ser saudado, é o senhor do destino. É o Orixá das chaves que abre e fecham os caminhos para todas as existências. É o conhecedor dos atalhos para que os objetivos possam ser atingidos. Lodê é o responsável pelo cuidado com os cruzeiros, sejam estradas, matos ou ruas.

É o guardião da entrada de todos os Ilês, por isso é assentado em uma casinha na frente do mesmo. Lodê aceita dividir a sua casa apenas com Ogum Avagã, unico que se aproxima de seus fundamentos. Lodê não aceita o manuseio de mulheres que menstruam sob pena de se revoltar com a casa e prejudicar a pessoa pois não é um Bará compativel com o sexo feminino.
* Bará Lanã: Senhor dos caminhos dos cruzeiros de rua, de mato, de praia e de lomba, é o Bará que trabalha em todos os reinos. É conhecido como principal responsável por abrir as estradas e atalhos. É o organizador dos caminhos. A responsabilidade desse Bará é de zelar pela segurança interna do Ilê.
* Bará Adague: É responsável pela limpeza dos Ilês. Bará do trabalho e dos cruzeiros de mato, trabalhando para os Orixás desse reino. Adague é o Bará que cuida das portas.
* Bará Elegba: Orixá que trabalha na lomba no cemitério. Enquanto Lodê vai do cruzeiro até o portão do cemitério, do portão do mesmo pra dentro pertence a Elegba e a seus companheiros.
* Bará Agelú: É o mais novo de todos os Barás, reina nos cruzeiros de praia. Trabalha pra Oxum, Iemanjá e Oxalá. A responsabilidade dele é zelar pelos templos. —

QUALIDADES DE XAPANÃ


QUALIDADES DE XAPANÃ

Xapanã Jubetei: É o mais jovem.
* Xapanã Belujá: Responde com os Orixás de praia. É o Xapanã de meia idade.
* Xapanã Sapatá: Responde na lomba e nas encruzilhadas. É o velho, o feiticeiro, o deus da varíola e das doenças de pele.

QUALIDADES DE OXUM


QUALIDADES DE OXUM


Qualidades de Oxum
1) Abae ou Mabe: Tem ligação com Yemanjá.
2) Abalu ou Abalo - A mais velha de todas, bem idosa. Tem numerosos filhos e netos. É severa e autoritária. Usa o azul-claro e é a verdadeira dona do leque e sempre se apresenta com ele. Come com Yemanjá no rio ou na lagoa. Carrega Ogum e uma Iansã. Tem ligação com Omulu e Oxossi.
3) Abomi ou Omi ou Omin ou Lomin: Um dos nomes ou qualidades de Oxum que significa 'Senhora da água'. Suas filhas têm o direito de usar o Jogo de Adivinhação com até 16 búzios. Não tem ligação com os demais Orixás. Ligação com a Angola e seu jogo de búzios. É considerada uma das mais velhas, devido ao longo tempo de culto.
4) Abotô ou Yaboto ou Boto ou Oxogbo ou Ogbo: Aspecto maduro da orisá. Feminina e coquete. Muito bonita e vaidosa. Relacionada ao parto e ao nascimento, ajuda as mulheres a terem filhos. É a origem de Oxum. Seu culto é realizado nas nascentes dos rios. É a Oxum das nascentes e dos encontros das águas doces e salgadas. Veste amarelo-ouro e azul-claro. Ela deu origem ao nome da cidade de Osogbo. Tem fundamentos com Yemanjá e Oxalá. Geralmente seus filhos são Àbìkús. Dizem ser feita no lugar de Ifá, apesar de vermos que muitos fazem no lugar de Ifá o assento de Oxum Abomi.
5) Afenir e Mileyó: Sem referencias. ..
6) Ajagura ou Ajagira: Jovem e guerreira. Pertence à nação nagô - Oyo, Pernambuco.
7) Akidã: Tem ligação com Obaluaiê.
Àyàlá ou Ìyánlá ou Ayla ou Yala: É a avó das Oxum. Muito poderosa e guerreira. Veste o amarelo e o azul-claro. Come com Ogum. Mora nas matas e tem caminhos com Obaluaiê. Àyàlá, que também foi esposa de Ògún Alagbdé e é conhecida como a "avó" que tocava música num fole para fazer dançar Egúngún, mantém estreita ligação com as lyámi (nossas mães queridas, as famosas feiticeiras) .
9) Aziri: Vodun correspondente aos Orixás Yemanjá e Oxum no Candomblé da Nação Jêje do Rio. Na Casa Grande de Minas no Maranhão é masculino pertencente à família da terra do Ewe Aziri, nome do pântano do Dahomey na África.
10) Deuí ou Dewá ou Ideuá: Tem ligação com Ogum. Talvez nome tirados de canções…
11) Iabomin ou Iaokin ou Labomi ou Kitolomin ou Demin: parece-nos ligadas a Angola. Não tem ligação com os demais orixás.
12) Iberin ou Merin: Feminina, coquete e muito elegante. Aspecto maduro da orisá, nessa forma não desce nas cabeças.
13) Ikole: Seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinlé. Transformou- se numa ave.
14) Ijimu ou Jumun ou Ygemum: É a senhora da fecundidade e do feitiço, é a velha e vira bruxa na beira do rio. Veste azul e rosa-claro. Come com Oxalá e Omolu. Não come bicho-fêmea, exceto pata. Aspecto idoso e dado às feitiçarias tem estreita ligação com Ìyámi Eleye. A Rainha e mãe de todas as Oxum.
15) Karê ou Acarê: Muito Guerreira, mas sua arma é um ofá (arco e flecha). Muito bonita, jovem, autoritária e agressiva. Veste saia branca com forro amarelo-claro. Tem fundamentos com Oxossi. Acompanha Yemanjá e Oxalá. Come na lagoa e no encontro das águas salgadas com as doces. É manca da perna esquerda e só come bichos-fêmeas. Kare é um de seus títulos, na verdade Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem. Tem ligação com Oyá.
16) Kissimbi: nkisi ou hamba de Angola. Antigo nome correspondente a Oxum entre os negros angolanos e congos no Brasil.
17) Lobá-guerê ou Gueré: Oxum velha que dirige os trabalhos do qual o auxiliar é o Exu Laboré Fumen. Gueré quer dizer docemente ou alegremente. Tem ligação com Xangô.18) Lokun ou Pòpòlókun ou Potolokun: Conta os antigos que não vem mais. Será? É cultuada nas lagoas.
19) Miwá: Cultuada especialmente no 'Asé Ilê Opô Afonjá'. Não é propriamente uma qualidade, e sim o nome de um Orixá. Mi = diferente e Wá = ser => Ser Diferente.
20) Ninsin: Tem ligação com Nanã.
21) Odó: É a Mãe das Ancestres. É muito parecida com Yemanjá. Veste branco e azul. Come com Oxalá e Yemanjá. Senhora dos perdões. Nas nascentes dos rios reside Yèyé Odó.
22) Oga ou Oja: Enquizilada e briguenta; outra Òsun velha é Yéyé Ogá.
23) Ôkê ou Loke ou Oloko ou Lê iê Oke ou Eoquê: Apresenta-se como caçadora, mais também é muito guerreira. Vive no interior das matas ou florestas e é associada as Iyami. Veste amarelo-ouro e usa ofá, traz ainda uma espada e o abebê. Come com Oxossi e Ewá somente a caça. Foi esposa do mais velho Oxossi que existe e criou os filhos que lansã teve com seu marido, aliás, só permitia que Oyá tratasse de seus filhos quando eles adoeciam.
24) Ominibu ou Minibu: Epíteto da Osun. Tem ligação com Oyá. Carrega os apetebis.
25) Onira: Guerreira. (Na maioria dos Candomblés se referem a Oyá com essa qualidade - mais dizem que na África tinha seu próprio culto em separado, dessas Iabas).
26) Petu ou Ipetu: Aspecto maduro da orisá. É guerreira também. Cultuada nas Lagoas. Dizem não incorporar mais.
27) Ponda ou Ypondá ou Pandá: Esposa de Oxossi Ibualama. Porta um leque. É Mãe de Logun-Edé e com sua espada guerreia bravamente. Vive no mato com seu marido. Veste amarelo-ouro e azul-claro na barra da saia. Relacionada ao fogo e aos cemitérios, tem ligação com Egun. A pata é a sua maior quizila, seu bicho de fundamento é a tartaruga. É uma jovem da cidade de Iponda. Tem ligação com Ogum, Oyá, Oxossi e Oxaguiã. Come com Iyemonjá e Oxalá. Alguns dizem ser companheira de Omulu, muito feiticeira tendo ligação com o fogo.
28) Yoni ou Vinsi: Tem ligação com Ogum.
29) Timi: Tem ligação com Xangô.

QUALIDADES DE IEMANJA


QUALIDADES DE IEMANJÁ


Yemanjá AWOYÓ:
A primogênita. A mais velha das Yemanjás e dos mais ricos trajes; usa sete saias para guerrear e defender seus filhos. Ela vive distante no mar e repousa na lagoa; come carneiro e, quando sai a passeio, usa as jóias de Olokum e coroa-se com Oxumarê, o arco-íris.


Yemanjá AYABÁ ou ACHABÁ
Nesta qualidade, Yemanjá é perigosíssima, sábia e muito voluntariosa. Usa no tornozelo uma corrente de prata. Seu olhar é irresistível e seu ar é altaneiro. Foi mulher de Orunmilá, e Ifá sempre acata sua palavra. Para ouvir seus fiéis costuma ficar de costas. Suas amarrações jamais podem ser desatadas.

Yemanjá AKUARA:
A das duas águas – Yemanjá na confluência de um rio. Ali encontra-se com sua irmã Oxum. Mora na água doce, gosta de dançar, é alegre e muito correta; Não pratica malefícios. Cuida dos doentes, prepara remédios, amarra abicus.

Yemanjá Akurá: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro. Come com Nanã.
Yemanjá Ataramaba:
Yemanjá Ataramogba ou Iyáku: Vive na espuma da ressaca da maré.
Yemanjá Ayio: Muito velha. Veste sete anáguas para se proteger. Vive no mar e descansa nas lagoas. Come com Oxum e Nanã.
Yemanjá Iya Masemale ou Iamasse: É a mãe de Xangô e quem cuidou de Oxumarê. Esposa de Oranian e muito festejada durante as festas consagradas a seu filho Xangô. As suas contas são branco leitosas, rajadas de vermelho e azul.
Yemanjá KONLÉ ou Konla: A da espuma. Está na ressaca da maré; enreda e envolta em um mato de algas e limo. Por ser navegante, vive nas hélices dos barcos.
O seu mito conta que ela afoga os pescadores.
Yemanjá Maleleo ou Maiyelewo: Mora nos bosques, em um pequeno poço ou manancial, que sua presença torna inesgotável. Nesse caminho, assemelha-se à sua irmã Oxum Ikolé, porque é feiticeira. Tem estreitas ligações com Ogum. Tímida e reservada, incomoda-se quando se toca o rosto de sua iaô e retira-se da festa.
Esta Yemanjá vive no meio do oceano no lugar onde se encontram as sete correntes oceânicas.
Yemanjá Odo: Tem aproximação com Oxum, e vive na água doce sendo muito feminina e vaidosa.
Yemanjá Ogunté: Considerada a nova guerreira, dona da espada, esposa de Ogum ferreiro (Alagbedé) e mãe de Ogum Akorô e Oxóssi. O seu nome significa aquela que contém Ogum. Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum. Veste branco; azul marinho, cristal, ou verde e branco.
Yemanjá Olossá ou Bosá: Come com Oxum e Nanã. Veste verde-clara e suas contas são branco cristal. É a Yemanjá mais velha da terra de Egbado.
Yemanjá Oyo: Benéfica, muito feminina, saudada na cerimónia do Padê, veste de branco, rosa e azul claro.
13. Yemanjá Saba: Fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá.
Yemanjá Sessu, Sesu, Yasessu ou Susure: É a mensageira de Olokum, a da água turva, suja. Muito séria e trabalhadora.; vai no esgoto, nas latrinas e cloacas. Recebe suas oferendas na companhia dos mortos. É muito lenta em atender seus fiéis, pois conta meticulosamente as penas do pato a ela sacrificado, e caso se engane na conta, começa de novo e essa operação se prolonga indefinidamente. Ligada à gestação. Voluntariosa e respeitável, mensageira de Olokun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaiyê e Ogum. Além do próprio assentamento, tem que se assentar Oxum e Obaluaiyê. Veste branco, verde água e suas contas branco cristal.
Yemanjá Yinaé ou Malelé: Aquela que os filhos sempre serão peixes. Também conhecida como Marabô, mora nas águas mais profundas. É a sereia, ligada à reprodução dos peixes; vem sempre a beira do mar apanhar as suas oferendas; está ligada a Oxalá e Exú

QUALIDADES DE OXALA


QUALIDADES DE OXALÁ

Oxalá Ajagemo: Para o qual durante a sua festa anual em Edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.


Oxalá Akire ou Ikire: É um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem o negligencia.


Oxalá Alase ou Olúorogbo: Salvou o mundo fazendo chover num período de seca.



Oxalá Etéko: Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e come todo o tipo de carne branca.Oxalá Eteto Obá Dugbe: Outro guerreiro, ligado a Orixalá.

Oxalá Lejugbe: é muito confundido com Oxalufan; por ser vagaroso e indeciso. Muito chegado a Ayrá. Come com Yemanjá e Oxalufan. Come também todo tipo de carne branca.


Oxalá Obatalá: É o mais velho dos orixás. O grande rei branco; raiz de todos os outros Oxalás. Ele não é feito, faz-se Ayrá ou Oxum Opara. É o pai de Oxalufan que por sua vez é o pai de Oxaguiã. Por ser muito grande e poderoso, Obatalá não se manifesta, sua palavra transforma-se imediatamente em realidade. Representa a massa, o ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação dos novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos.

Oxalá Okó: Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá Nagô, pouco conhecido no Brasil. Na época da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá, considerando como orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaiyê. Quando se manifesta leva um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Oxalá, pois veste-se de branco. Seu Opaxoró, no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. É um Orixá rico.

Oxalá Olofon Ajigúna Koari: Aquele que grita quando acorda (conhecido pelo nome de Oxalufan).

Oxalá Oxalufã (Orixá Olú Fon): Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimónia de saudações é de dezasseis em dezasseis dias. Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento, movendo-se com muita dificuldade. Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice. Detesta a violência, disputas e brigas. Não come sal e nem dendê; odeia cores fortes, principalmente o vermelho. A ele pertencem os metais e substâncias brancas; não suporta cavalos.

Oxalá Orinxalá, Orixalá: É casado com Yemanjá, suas imagens são colocadas lado a lado e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no Ilésin, local de adoração, dizem que Yemanjá foi a única mulher de Orixalá um caso excepcional de monogamia entre orixás e eborás.


Oxalá Osoguiã ou Oxaguian (Orixá Ogiyan): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Tomou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Orisa-Je-Iyán ou Orisájiyan.

A tradição exige que os habitantes de dois bairros Xolô e Oké Mapô lutem uns contra os outros a golpes de varas. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com pedras azuis, chamadas Seguy. Está ligado ao culto de Iroko e dos espíritos, assim como a fertilidade e o culto ao inhame. É o pai de Oxossi Inlé, come com Ogunjá, Oxossi Inlé, Airá, Exu, Oyá e Onira.

Tem muito fundamento com Oyá pois, é o dono do Atori, fundamento que lhe foi dado por ela, motivo pelo qual as pessoas de Guian devem agradar muito a Oyá. Vem pelos caminhos de Onira; tem ligação forte com Exu. Seus filhos devem evitar brigas e mentiras e principalmente, não devem enganar a Ogum.

Oxalá Ogiyan Ewúlee Jiigbo: Senhor de Ejigbô (conhecido pelo nome de Oxaguiã).

Oxagiriyan: Oxalá feminino.

Oxala Lulu: Pouco cultuado no Brasil. Mas de todas as qualidades é a mais cultuada na Africa, no território do Congo.

Ifá: Divindade do povo fun-fun, senhor da adivinhação e do jogo de ifá (búzios).

Oxala Odudua: Senhor do povo fun-fun. Mestre e responsável pela criação. Pai de Oxalufãn.


Ajaguna: Qualidade de Oxaguian, que anda sempre com Ogum. Aquele que abre os caminhos, que também possui duas caras: a paz e a guerra.

Qualidade de IANSA/OYÁ


QUALIDADES DE IANSÃ/OYÁ

Oyà Petu – Ligada a Xangô e até confunde-se com ele, Oyá dos raios.
Oyà Onira – Rainha da cidade de Ira, a doce guerreira ligada as águas de Oxun,veste rosa..
Oyà Bagan – Oyá com fundamento com Oxossi, Egun,Exú,Ogunguerreira dos ventos os estreitos das matas.
Oyá Senó ou Sinsirá- Oyá raríssima, ligada Yemanjá e Airá

Oyà Topè – mora no tempo ligada a Oxun e Exú (alguns axés a tem como uma Igbalé)

Oyà Ijibé ou Ijibí- veste branco ligada a Oxalá ao vento frio

Oyà Kará- veste vermelho, ligada a Xangô, ao fogo, aquela que carrega o ajerê fervendo na cabeça.
Oyà Leié- .o vento dos pássaros, veste estampado, ligada a Ewá
Oyà Biniká - A senhora do vento quente, ligada a Oxumare e Omolu.
Oyá Olokere Olokuerê – ligada a Ogun, Odé, guerreira e caçadora.

Oyás de culto Igbalé:

Oyà Egunita – Igbalé, aqui vive com os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxala, Nanã, e ao vento do bambuzal

Oyà Funan-Igabalé, a que encaminha os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá, Nanã e ao centro do bambuzal

Oyà Padá - Igbale, a que ilumina o caminho aos mortos/eguns/veste branco,mariwo ligada a Oxalá, Omolú e Nanã, ao bambuzal

Oyá Tanan ou Furé-Igbalé, a que recebe no portal os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá e Nanã ao bambuzal.

Teremos ainda vários outros nomes de Oyá que se confundem ou são os mesmos, títulos, epípetos, e qualidades diversas, entre elas: Oyá Olodé, Tonin’bé, Fakarebó, Adagambará, Filiabá, Iyá Popo, Iyá Kodun, Iyá Abomì, Logunere, Agangbele, Petu, Arira, Doluo, Bamila, Kedimolu.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Oxum Apará


Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protectora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência.
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:
O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços. 
Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. 
Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Características dos filhos de Oxum
Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objectivos.
Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.
Este é um orixá com muitas similaridades entre OXUM e OYÁ, pois podemos falar que ela e meta-meta, em uma parte do ano ela é OXUM e na outra ela passa a ser OYÁ, guerreira e destemida, dona da fortuna. Este orixá também tem seus rompantes, uma hora é doce como um rio calmo e derrepente torna-se uma tempestade.
Seus filhos normalmente tem as mesmas características, sendo pessoas de boa índole, porem não aceitam serem mandadas por ninguém, normalmente eles sempre são os donos das situações, tomando sempre a frente, para que nada de errado.
O mesmo que acontece com OXUM APARÁ, guerreira, dócil e sempre vencendo em suas batalhas, não se importando quem será o oponente, ela que é guerrear, parceira de lutas com OGUM, grande afinidades com EXÚ, pois dizem que ela conseguiu ludibria-lo, tomando os segredos dos BÚZIOS (ifá) para ela, sendo a única a ter os segredos.
Um orixá que tem ligações de feitiços com IYAMI OSHORONGÁ, sendo a única a saber como fazer os feitiços e desmancha-los.
*vanessa

Mariazinha ..


Mariazinha...
A Cosminha mais travessa e manhosa da Umbanda!


Zélio de Moraes sempre afirmou que os 3 pilares da Umbanda seriam: os Caboclos, os Pretos-velhos e os Erês. Os Caboclos e Pretos-velhos tornaram-se conhecidos, amados e repeitados por todo umbandista. Mas, os Ibejis, conseguiram conquistar a simpatia até mesmo daqueles que se assustam com os espíritos! Com suas alegrias e estrepolias, não tem quem não se divirta ao ser envolvido pela energia contagiante de um Erê. E assim como as demais entidades, cada "Cosminho ou Cosminha" traz sua história para dentro do Terreiro.
Em homenagem a Festa de São Cosme e São Damião, que é uma das mais festejadas dentro da Umbanda Sagrada, escreveremos algumas histórias de Erês mais conhecidos. Hoje contarei a história de Mariazinha. Toda Mariazinha quando incorpora a primeira vez, faz dengo, chora e fala com voz manhosa. Elas são as menininhas mais conhecidas, que trabalham na Linha das Águas. Mariazinhas podem trabalhar na praia, na cachoeira, no mangue e na pedreira; enfim, elas também possuem a vibração das outras Linhas atuando no momento do trabalho. Adoram laços de fita, bonecas e enfeites diversos. Elas sentem o que a pessoa sente e por isso conseguem expressar esse sentimento na hora do atendimento.
A Mariazinha que trabalha neste terreiro, nasceu em Pernambuco, em 1892 e desencarnou em 1900. Viveu apenas 8 anos. Seus pais eram pesacadores e viviam na praia. Ela era uma menina alegre que adorava brincar no mar e na areia. Sua morte nunca foi desvendada, pois seu corpo foi encontrado inerte na praia. Mas, ela contou depois o que aconteceu: um homem mal a maltratou. Ela disse que não guarda mágoas, nem nada e que já perdoou... Ela gosta de trabalhar ajudando as pessoas a enfrentar as tristezas e adora acompanhar as mamães com seus filhinhos. Ela gosta de qualquer tipo de doce, mas adora um copo com leite e bolo! E claro: o guaraná - que ela chama de água doce gasosa! Os Erês atuam na vibração do Amor Cósmico Universal, transmitindo a pureza, a inocência e a delicadeza das crianças. Omi Beijada! Salve as Mariazinhas!

Zé Pilintra !

Os malandros têm como principal característica 
de identificação, a malandragem, o amor pela noite, 
pela música, pelo jogo, pela boemia 
e uma atração pelas mulheres
(principalmente pelas prostitutas, mulheres da noite, etc...). 
Isso quer dizer que em vários lugares 
de culturas e características regionais completamente diferentes, 
sempre haverá um malandro. O malandro de Pernambuco, 
dança côco, xaxado, passa a noite inteira no forró; 
no Rio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de samba 
e passa suas noites na gafieira. Atitudes regionais bem diferentes, 
mas que marcam exatamente a figura do malandro.
No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo 
do antigo malandro da Lapa, contado em histórias, 
músicas e peças de teatro. Alguns quando se manifestam 
vestem-se a caráter. Terno e gravata brancos. 
Mas a maioria gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda, 
e justificam o gosto lembrando que: “a seda, a navalha não corta”.
Navalha esta que levavam no bolso, e quando brigavam, 
jogavam capoeira (rabos-de-arraia, pernadas), 
às vezes arrancavam os sapatos e prendiam a navalha 
entre os dedos do pé, visando atingir o inimigo. 
Bebem de tudo, da Cachaça ao Whisky, 
fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto. 
São cordiais, alegres, dançam a maior parte do tempo 
quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá.
Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm 
capacidade espiritual bastante elevada para resolvê-los, 
podem curar, desamarrar, desmanchar, 
como podem proteger e abrir caminhos. 
Têm sempre grandes amigos entre os que 
os vão visitar em suas sessões ou festas. 
Existem também as manifestações femininas da malandragem, 
Maria Navalha é um bom exemplo. Manifesta-se como características 
semelhantes aos malandros, dança, samba, bebe e fuma da mesma maneira. 
Apesar do aspecto, demonstram sempre muita feminilidade, 
são vaidosas, gostam de presentes bonitos, de flores 
principalmente vermelhas e vestem-se sempre muito bem.
Ainda que tratado muitas vezes como Exu, 
os Malandros não são Exus. Essa idéia existe porque quando 
não são homenageados em festas ou sessões particulares, 
manifestam-se tranqüilamente nas sessões de Exu e parecem um deles. 
Os Malandros são espíritos em evolução, que após um determinado tempo 
podem (caso o desejem) se tornarem Exus. 
Mas, desde o início trabalham dentro da linha dos Exus.
Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das palavras 
e dos termos com os quais são compostos os pontos 
e cantigas dessas entidades. Assim é o malandro, simples, 
amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode enganá-lo, 
ele o desmascara sem a menor cerimônia na frente de todos. 
Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro, 
detesta que façam mal ou enganem aos mais fracos. 
Salve a Malandragem!
Na Umbanda o malandro vem na linha dos Exus, 
com sua tradicional vestimenta: Calça Branca, 
sapato branco (ou branco e vermelho), seu terno branco, 
sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha 
ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.
Gosta muito de ser agradado com presentes, festas, 
ter sua roupa completa, é muito vaidoso, 
tem duas características marcantes:
Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar, 
gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las, etc...
Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem, 
gosta de observar o movimento ao seu redor 
mas sem perder suas características.
Às vezes muda um pouco, pede uma outra roupa, 
um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha
e às vezes até cartola. Em alguns terreiros ele usa até uma capa preta.
E outra característica dele é continuar com a mesma roupa da direita, 
com um sapato de cor diferente, fuma cigarros, cigarilhas ou até charutos, 
bebe batidas, pinga de coquinho, marafo, conhaque e uísque, rabo-de-galo; 
é sempre muito brincalhão, extrovertido. 
Seu ponto de força é na subida de morros, esquinas, encruzilhadas 
e até em cemitérios, pois ele trabalha muito com as almas, 
assim como é de característica na linha dos pretos velhos e exus. 
Sua imagem costuma ficar na porta de entrada dos terreiros, 
pois ele também toma conta das portas, das entradas, etc...
É muito conhecido por sua irreverência, 
suas guias podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de Exu, 
até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.
História de Zé Pilintra
José dos Anjos, nascido no interior de Pernambuco, 
era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, 
mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, 
e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. 
Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. 
Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim 
não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados 
das pendengas em que se envolviam.
Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso, 
principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.
Sua vida era à noite. Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida, 
a farra, as mulheres e por que não, as brigas. 
Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos, 
estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse 
dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, 
os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, 
a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários. 
Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando 
as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente 
ao final das partidas. Isso bebendo aguardente, cerveja, 
vermouth, e outros alcoólicos que aparecessem.
No Nordeste do Pais, mas precisamente em Recife 
(na religião que conhecemos como Catimbó), 
ainda que nas vestes de um malandrão, a figura de Zé Pilintra, 
tem uma conotação completamente diferente. Lá, ele é doutor, 
é curador, é Mestre e é muito respeitado. 
Em poucas reuniões não aparece seu Zé. 
O reino espiritual chamado “Jurema”, 
é o local sagrado onde vivem os Mestres do Catimbó, 
religião forte do Nordeste, muito aproximada da Umbanda, 
mas que mantém suas características bem independentes. 
Na Jurema, Seu Zé, não tem a menor conotação de Exu, 
a não ser quando a reunião é de esquerda, 
por que o Mestre tem essa capacidade. 
Tanto pode vir na direita ou na esquerda. 
Quando vem na esquerda, não é que venha para praticar o mal, 
é justamente o contrário, vem revestido desse tipo de energia 
para poder cortá-la com mais propriedade e assim ajudar 
mais facilmente aos que vem lhe rogar ajuda.
No Catimbó, Seu Zé usa bengala, que pode ser qualquer cajado, 
fuma cachimbo e bebe cachaça. Dança côco, Baião e Xaxado, 
sorri para as mulheres, abençoa a todos, 
que o abraçam e o chamam de padrinho