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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Oxum Panda-minha mãe de cabeça


É responsável pela irrigação e fecundação da terra, possibilitando o surgimento de uma nova vida. Ela é freqüentemente evocada para propiciar uma boa colheita.

Dia da semana: sábado
Cor: amarelo
Números de axés: 04, 08, 16, 32, 88
Comida: canjica amarela, polenta, farinha de milho com mel.
Guias: amarelo
Função: amor, demanda e amarração.
Parte do corpo que Oxum rege: aparelho reprodutor feminino e seio
Ferramentas: leque, búzios, jóias, espelho, pente, meia lua, conchas de rio ou mar.
Ave: galinha amarela, galinha d'angola branca ou casal de marrecos.
Pombo: branco
Quatro - pé: cabrita amarela
Peixe: jundiá.
Ervas: fortuna, dinheirinho em penca, folha de laranjeira e manjericão.
Lugar de oferendas: praias de água doce, rios, verde e praças.
Frutas: maçã, bergamota, Pêssego, mamão.
Bicho de estimação: aranha
Flor: rosas amarelas ou outras flores amarelas
Sobrenomes de Orixás: Pandá, Docô, Ieiê-roxô, Male, Adililá, Tuqué, Aguedã, Mirerê, Dada, Delê, Dila, Demum, Tola, Omimaré, Taladê, Panda Mirê, Nanã, Iecariê
Características: Docô: mãe de todos os orixás, rainha das águas doces, rainha de Ijexá
Doce: quindim, pudim, ambrosia, bolos e torta.
Saudação: ei-eu ; ora-iê-iê-io
Apelido: mãe
Dia do ano: 08 de dezembro
Santos que a representa: Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora Aparecida, e Nossa Senhora da Conceição.

Dona do ouro, da riqueza e das águas doces. Padroeira dos negócios e da fecundidade protege o feto e a criança em gestação.

Mulheres grávidas ou que querem engravidar recorrem a Oxum que lhe dê proteção. Existem três tipos de Oxum: Oxum Pandá: moça, faceira, coquete vaidosa; Oxum Demum: de meia idade e a Oxum Docô: idosa e matriarca.

Nas festas públicas as rezas de Oxum concentram o maior número de participantes, pois todos querem agradar a orixá da beleza e da riqueza. Oxum juntamente com Orumilaia e Bará é quem preside o Ifá (Jogo de Búzios), respondendo em casos de saúde, de harmonia familiar e de prosperidade. Em suas oferendas sempre encontramos mel que representa doçura, flores e perfumes que representam a beleza da vida, jóias significando riqueza.

Características Positivas: seus filhos são pensativos, elegantes, charmosos, atenciosos, trabalhadores, espertos e têm um quê doce no olhar. São vaidosos, afetivos e carismáticos. Como profissionais, as pessoas regidas por Oxum são sensatas e dedicadas. Amam com sinceridade e dedicação. Conhecem o feitiço e fazem bom uso dele. Quando fixam um objetivo não medem sacrifício para conseguir atingir sua meta.

Características Negativas: chantagistas, choram para ter a piedade dos outros, dramáticos, são matreiros, debochados, possessivos, exigentes, ciumentos, autoritários. Gostam de palpitar sobre os problemas alheios, adoram criticar.

Lendas

As mulheres que desejarem ter filhos dirigem-se a Oxum, pois ela controla a fecundidade, graças aos laços mantidos com Ìyámi-Ajé ("Minha Mãe Feiticeira)". Sobre este assunto uma lenda conta que:

"Quando todos os orixás chegaram a terra, organizaram reuniões onde as mulheres não eram admitidas. Oxum ficou aborrecida por ser posta de lado e não poder participar de todas as deliberações. Para se vingar, tornou as mulheres estéreis e impediu que as atividades desenvolvidas pelos deuses chegassem a resultados favoráveis. Desesperados, os orixás dirigiram-se a Olodumaré e explicaram-lhe que as coisas iam mal sobre a terra, apesar das decisões que tomavam nas assembléias. Olodumaré perguntou se Oxum participava das reuniões e os orixás responderam que não. Olodumaré explicou-lhe então que, sem a presença de Oxum e de seu poder sobre a fecundidade, nenhum de seus empreendimentos poderia dar certo. De volta a terra, os orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos, o que acabou por aceitar depois de muito lhe rogarem. Em seguida, as mulheres tornaram-se fecundas e todos os projetos obtiveram felizes resultados".

Diz uma lenda que Oxum passeava na floresta brincando os animais, que são seus amigos, desfilando seu ar coquete e sensual. Foi assim que Ogum - homem rude, bruto e violento - a avistou. Diante da beleza e graça de Oxum, Ogum sentiu que se apaixonava por Oxum e correu para ela. Declarando seu desejando e implorando seu amor. Mas ela só tinha olhos para Xangô, por quem estava enamorada. Assustada com a atitude de Ogum começou a correr pela mata, fugindo de seu pretendente que a seguia de perto. Desesperada se atirou nas água de um rio, cuja corrente a arrastou rapidamente para bem longe de Ogum, mas ameaçava afoga-la. Levada pela correnteza, chegou até a desembocadura, onde encontrou Iemanjá. Compadecida, a senhora mãe das águas a protegeu e presenteou Oxum com aquele rio para ela pudesse viver. Ainda lhe presenteou com corais, jóias e cauris. Assim, Oxum encantou o seu amado Xangô com a sua riqueza e beleza e passou a viver no rio, que hoje leva o seu nome, tornando-se amiga inseparável de Iemanjá. 

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